Um profundo espírito religioso foi uma constante em toda a
sua obra. As formas cúbicas do classicismo tornaram-se ainda mais rígidas nas
composições de Runge, que tentou recriar a linguagem artística como veículo do
sentimento místico. Seus personagens são desprovidos de calor, mas estão
envoltos numa natureza festiva que difunde a criação divina. As crianças,
personagens de quase todos os seus quadros, eram para o pintor os únicos seres
capazes de transmitir o que havia de angélico e belo no mundo. Runge pintava
crianças rechonchudas e enormes, com um olhar meio alienado que despertava mais
incompreensão do que ternura.
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